O Museu do Estado do Pará (MEP) receberá, a partir desta quarta-feira, dia 2, a exposição “Fruturos – Tempos Amazônicos”, em uma iniciativa inédita de itinerância do “Museu do Amanhã”, realizada em parceria com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e a produtora Automática. A mostra, que foi destaque no Rio de Janeiro entre 2021 e 2022, será apresentada em Belém pelo Instituto Cultural Vale, com patrocínio via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A visitação é gratuita.
A exposição apresenta grandiosidade e a biodiversidade da Amazônia, além do conhecimento milenar dos povos que habitam o maior bioma tropical do mundo. O objetivo da programação é proporcionar ao público novas perspectivas sobre a relação entre a floresta e o clima, enfatizando a urgência da sua conservação.
“Estamos muito felizes com nosso primeiro projeto de itinerância, que é uma conquista muito importante para o Museu do Amanhã e reforça o pioneirismo do IDG. A iniciativa confirma o alcance do Museu, agora de forma geográfica, para além do ambiente virtual. Esse projeto traz ainda um chamado e um importante alerta sobre o que podemos fazer pela preservação de um dos maiores patrimônios mundiais, que precisa de soluções urgentes para sua manutenção”, explica Fabio Scarano, Curador do Museu do Amanhã.
A exposição, dividida em sete áreas temáticas, abordará a fauna, a flora, os povos e a cultura amazônica de maneira imersiva. Em Belém, a mostra contará com uma contribuição especial da artista Moara Tupinambá. Suas fotomontagens e o vídeo da obra “Maenry Tupinambá, eu existo!” foram desenvolvidos em colaboração com a Aldeia Tucumã Tupinambá e parentes da Aldeia Papagaio do Rio Tapajós, transmitindo uma forte mensagem de ancestralidade, identidade, espiritualidade, memória coletiva e resistência cultural.
Maria Luiza Paiva, vice-presidente-executiva de Sustentabilidade da Vale, ressalta que a exposição “vai além da floresta e da riqueza de sua biodiversidade”, e “fala também da diversidade cultural daqueles que nela habitam, da sua gente”. Segundo ela, “a Vale conhece bem a região; está ali há cerca de 40 anos, ajudando a proteger uma área de 800 mil hectares de floresta, o Mosaico de Carajás, equivalente a cinco vezes a sete vezes a cidade de Belém”, afirma.
Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, destaca que a exposição aproxima as vivências de milênios, séculos e décadas na maior floresta tropical do mundo. “A exposição nos convida a refletir sobre as diversas formas de viver, conviver e criar na região, e a repensar as influências dessas culturas em nossas vidas. Nos unimos a este percurso olhando para a trajetória da Vale de mais de três décadas pela preservação da Amazônia e para as múltiplas manifestações artísticas e culturais que o Instituto Cultural Vale apoia na região; e avançamos, juntos, mirando o tempo que temos daqui para frente”, diz.
A mostra também oferece uma experiência interativa, com atividades que convidam o visitante a sentir-se parte da floresta. Entre os destaques está uma simulação de mergulho em um lago amazônico, que explora a riqueza natural e cultural da região e ressalta a importância de práticas econômicas sustentáveis para a preservação do bioma e o bem-estar das comunidades locais.